sexta-feira, 29 de julho de 2011

PANORAMA GERAL

Horas de ensaios, exercícios extenuantes, ginástica para manter a forma, pés doloridos e muitas distensões musculares fazem parte da rotina dos bailarinos, que enfrentam jornadas de trabalho diarias nunca inferiores a oito horas, além de apresentações aos sábados, domingo e feriados. Mas o sacrifício vale a pena, pois o bailarino, quando entra no palco, desperta emoções. O artista da dança ama o que faz, se não certamente teria escolhido outra profissão. A máxima "quem dança é mais feliz" circula pelo meio.

Embora o Brasil não tenha tradição de países da Europa e do Leste Europeu, nosso balé já é reconhecido pela excelência da técnica e pela qualidade artística. Parte desse prestígio internacional pode ser  creditado à bailarina Dalal Aschcar, responsável pela criação da Companhia de Dança do Rio de Janeiro, que iniciou o movimento de popularização do balé no Brasil. Ela também fundou a Associação de Balé do Rio de Janeiro, que formou novos bailarinos e disseminou a arte pelo país.

O balé clássico é a base de todas as outras modalidades. Mas o Brasil é um país pródigo em rítimos variados e absorve expressões de outros países, como jazz, rock, tango, flamenco e dança do ventre. Danças populares, como samba, forró e axé, entre outras, também tem público garantido, principalemente na TV e nas academias de dança.

Há poucas faculdaes de dança no Brasil. A qualidade do ensino, no entanto, é considerada de alto nível. Com algumas variações, fazem parte do currículo disciplinas como improvisação, estudo de espaço, estudo da forma, elementos de música, técnica de dança moderna, coreografia em grupo, composição solística, história da dança e anatomia artística.

Como todos os setores da cultura brasileira, a Dança também se ressente com a ausência de políticas de incentivo. O mercado é restrito não só para o profissional do balé clássico, de repertório, mas também para os que optam pela dança contemporânea. Existem poucas companhias oficiais e as particulares acabam reduzindo seu corpo de bailarinos por falta de verbas.

Apesar do problemas, sempre restam oportunidades de trabalho em academias, clubes e condomínios. E a nova Lei de Diretrizes e Bases expandiu mercado, na medida que possibilita a introdução da Dança como disciplina de educação artística. Com o aumento da consciência corporal, cresceu  o número de escolas de dança de salão. Isso é considerado positivo pelos profissionais da área, e abre um novo espaço no mercado de trabalho. O bailarino pode atuar ainda como preparador corporal de atores e dançarinos, no teatro e na TV; como coreógrafo, criando sequências de movimentos; como diretor, concebendo o espetáculo inteiro, da coreografia aos efeitos de luz.

Retirado de: Guia das Escolas de Dança 2011/2012.

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